Conceitos
O câncer colorretal corresponde as neoplasias situadas no intestino, mais precisamente no intestino grosso e no reto.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é que ocorram 7.030 diagnósticos de câncer colorretal em 2023. Corresponde ao quarto tipo de tumor mais frequente em homens e mulheres, excluindo casos de câncer de pele não melanoma.
O diagnóstico inclui a necessidade de realização de exames endoscópicos como retossigmoidoscopia ou colonoscopia para realização de biopsia e confirmação do tipo histológico.
Recomendação recente de entidades internacionais como a US Preventive Service Taskforce (USPSTF) indicam a realização de colonoscopia de rastreio, ou seja, em pessoas assintomáticas, para pessoas a partir dos 45 anos de idade.
Tipos histológicos
O tipo histológico mais comum é o adenocarcinoma, responsável por cerca de 90% dos casos.
Raramente, ocorrer tumores neuroendócrinos, tumores de células estromais (GIST), carcinoma de células de Merkel.
Tratamento
O tratamento do câncer colorretal dependerá do estadiamento da doença, comorbidades, performance clínica e desejos do paciente, podendo ser incluídos métodos cirúrgicos, radioterapia e tratamento sistêmico, envolvendo quimioterapia sistêmica, imunoterapia e terapia alvo.
Estádio I
Opção de terapias cirúrgicas curativas, incluindo cirurgias por via aberta, videolaparoscopia ou robótica.
Estádio II
Opção de terapia cirúrgica curativa, assim como no estádio I, e a depender do resultado anatomopatológico da peça cirúrgica e estratificação de risco do paciente, avaliação sobre uso de tratamento sistêmico adjuvante (após a cirurgia) ou apenas seguimento.
Algumas das variáveis analisadas incluem estadiamento T (profundidade de invasão), número de linfonodos ressecados/avaliados, margens cirúrgicas e se cirurgia de urgência ou perfuração.
Estádio III
Opção de tratamento cirúrgico curativo associado a tratamento sistêmico adjuvante (pós-operatório).
Em tumores de reto, o uso de radioterapia atua de forma importante no controle locorregional.
Estádio IV
Opção de tratamento cirúrgico ou início de tratamento sistêmico a depender de apresentação clínica do (a) paciente.
Cirurgias de ressecção de metástases podem ser discutidas. O uso de tratamento sistêmico poderá ser realizado de forma contínua, visando o controle da doença a longo prazo.
Neste cenário, outros tratamentos podem ser indicados a depender da necessidade de controle local. Ex.: radioterapia, embolização.