Conceitos
O tumor estromal gastrointestinal ou GIST (da sigla em inglês para gastrointestinal stromal tumors) é um dos sarcomas de partes moles, que tem origem num grupo de células chamadas células de Cajal, presentes na parede dos órgãos do trato gastrointestinal. Essas células fazem parte do sistema nervoso autônomo e são responsáveis pela motilidade intestinal. São consideradas o marca-passo do sistema porque dão sinais para que os músculos movimentem líquidos e alimentos através do trato gastrointestinal. A maioria dos GISTs se desenvolve no estômago ou no intestino delgado e geralmente cresce nos espaços vazios do trato gastrointestinal, sem apresentar sintomas até atingir determinado tamanho. Os GISTs tendem a ser tumores frágeis, que sangram com facilidade, dependendo de sua localização e da rapidez de crescimento.
Tratamento
Nem todo GIST precisa ser tratado imediatamente, mas, quando o tratamento é necessário, ele se baseia em cirurgia e terapia-alvo, que são drogas que impedem a proliferação e disseminação das células cancerosas, interferindo com moléculas específicas envolvidas no desenvolvimento do câncer e com menos efeitos colaterais que a quimioterapia convencional.
Existem diferentes opções cirúrgicas para os GISTs pequenos: a convencional aberta, a laparoscópica e a robótica, sempre com remoção de margem de segurança, ou seja, de tecido sadio ao redor do tumor. Se o tumor é grande e avançou para os intestinos, parte desses órgãos também será retirada na cirurgia, bem como de outros órgãos, como fígado, que tenham sido atingidos pelo câncer. Outra opção, nesses casos, é o uso de terapia-alvo antes do procedimento cirúrgico, para que o tumor seja reduzido e facilite a cirurgia. Essa classe de medicação também é usada no pós-cirúrgico e nos casos de GIST avançados, que não podem ser retirados cirurgicamente. Nesses casos avançados, a terapia-alvo não cura a doença, mas pode estacioná-la por vários anos.