O câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, é uma doença causada pela infecção persistente pelo vírus do papiloma humano (HPV), que é transmitido por contato sexual.
Atualmente ele é o quarto câncer mais frequente em mulheres no mundo, porém caracteristicamente é um tumor mais incidente em países emergentes como o Brasil. A estimativa dada pelo INCA é que entre 2023 a 2025 17mil novos casos ocorrerão.
Tipos histológicos
Seu subtipo histológico mais comum é o carcinoma escamoso. Outros subtipos menos frequentes são adenocarcinoma, tumores adenoescamosos e neuroendócrinos.
Quadro clínico e diagnóstico
Os sintomas podem incluir sangramento vaginal anormal, dor durante as relações sexuais e secreção vaginal anormal. No entanto, muitas vezes, a doença é silenciosa, e os pacientes são assintomáticos nos estágios iniciais, o que torna importante a realização regular de exames preventivos, como o Papanicolau. O Papanicolau, ou Citologia oncótica, é um exame ginecológico simples e indolor que consiste na coleta de células do colo do útero para análise em laboratório. Ele é capaz de detectar células anormais antes que elas se tornem cancerígenas, permitindo o tratamento precoce e a prevenção da doença. Uma vez diagnosticado o câncer, imagens como tomografia computadorizada e até mesmo PET-CT são ferramentas utilizadas para avaliação da extensão da doença
Tratamento
O tratamento para o câncer de colo de útero pode incluir cirurgia, para estágios iniciais da doença, até combinações de radioterapia e quimioterapia para doenças avançadas, com comprometimento de outros órgãos além do útero. O objetivo do tratamento é eliminar o tumor e impedir a sua disseminação para outras partes do corpo.
Prevenção
A prevenção inclui a vacinação contra o HPV para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade, além da realização regular do exame preventivo Papanicolau. O uso de preservativo durante as relações sexuais também é importante para reduzir o risco de infecção pelo HPV.
O câncer de colo de útero é uma doença que pode ser prevenida e tratada com sucesso quando detectada precocemente. Por isso, é fundamental que as mulheres realizem exames ginecológicos regulares e sigam as orientações médicas para prevenção e tratamento da doença.