Conceitos
O pâncreas é um órgão retroperitoneal que tem limites com vasos e órgãos do tratado gastrointestinal. O câncer de pâncreas pode se originar nas porções da cabeça, corpo ou cauda do órgão.
O surgimento de lesões na porção da cabeça do pâncreas pode levar mais rapidamente a quadros de obstrução de vias biliares e obstrução intestinal devido sua proximidade com colédoco e duodeno, respectivamente. Lesões no corpo e cauda são mais silenciosas, podendo apresentar sintomas já em quadros mais avançados.
A idade avançada está associada a ocorrência do câncer de pâncreas. Condições como obesidade, diabetes tipo 2, tabagismo, consumo excessivo de álcool, baixo consumo de fibras, frutas e carnes magras; condições genéticas e hereditárias, como síndrome de Lynch, câncer pancreático familial, pancreatite hereditária aumentam o risco de desenvolvimento da doença.
Tipos histológicos
O adenocarcinoma é o tipo histológico mais comum, respondendo por cerca de 90% dos casos. Algumas variantes, como carcinoma mucinoso, carcinoma adenoescamoso, carcinoma de células em anel de sinete e o de células claras podem ocorrer.
Outros tipos histológicos mais raros de surgimento no órgão são tumores neuroendócrinos, linfomas, leimiossarcomas.
Tratamento
O tratamento do câncer de pâncreas em estágios iniciais inclui cirurgia de ressecção da lesão. Poderá ser discutido por via aberta ou robótica.
O uso de quimioterapia sistêmica adjuvante ou neoadjuvante deverá ser discutido em cada caso, avaliando a relação da lesão com órgãos e estruturas vasculares próximas da lesão.
Em casos de tumores localmente avançados, tipo adenocarcinoma, poderá ser iniciado tratamento sistêmico com quimioterapia neoadjuvante com intuito de alcançar resposta e proceder tratamento cirúrgico. Em tumores mais raros, como tumores neuroendócrinos, não existe indicação de terapia neoadjuvante ou adjuvante, sendo pilar importante o tratamento cirúrgico.