Os gliomas são um tipo de tumor cerebral que se desenvolvem a partir das células gliais, que são células do sistema nervoso central que fornecem suporte e nutrição aos neurônios. Esses tumores podem ser benignos ou malignos e sua gravidade depende do tipo de célula glial afetada e da localização do tumor no cérebro.
Tipos histológicos
Existem três tipos principais de gliomas, classificados pela característica celular: astrocitomas, oligodendrogliomas e glioblastomas, e cada um desses tumores está relacionado com a célula foradora, sejam astrocitos, oligodendrócitos ou células indiferenciadas.
Mais recentemente, após a última atualização da WHO (World Heath Organization), essa classificação passou a depender de análises moleculares, como avaliação de IDH, co-deleção de 1p19q, ARTX, entre outros.
Quadro clínico e Diagnóstico
Os sintomas dos gliomas variam dependendo da localização do tumor e podem incluir dores de cabeça persistentes, convulsões, problemas de visão e audição, dificuldades de fala, perda de equilíbrio e coordenação.
O diagnóstico de glioma é feito por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), além de biópsias para análise do tecido tumoral para confirmação do diagnóstico.
Tratamento
O tratamento de glioma inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo, a depender do tipo do tumor. O objetivo do tratamento é reduzir o tamanho do tumor, controlar os sintomas e prolongar a sobrevida do paciente. Seu tratamento é complexo e envolve múltiplas equipes médicas, como neurocirurgia, neurologia, radioterapia e oncologia clínica e equipe multidisciplinar, como fisioterapia, fonoaudiologia a depender das possíveis sequelas causadas tanto pela doença, quanto pelo tratamento.
Os gliomas são tumores que podem apresentar longas sobrevidas, como acima de 10 anos para os oligodendrogliomas, quanto um prognóstico desfavorável, como é o caso dos Glioblastomas. Novas pesquisas continuam a investigar diferentes terapias e abordagens para o seu tratamento, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes.
Texto colaborativo de Dra. Natasha Carvalho Pandolfi
Oncologista clínica pelo AC Camargo Cancer Center
