Fluouropirimidinas (fluouracil, capecitabina e outros análogos) são usadas no tratamento de diversos tumores sólidos, como câncer colorretal, pancreático, gástrico, mama e cabeça e pescoço.
A enzima dihidropirimidina desidrogenase é responsável por cerca de 80% da eliminação do 5-fluorouracil, através do metabolismo hepático. Até 8% da população caucasiana expressa baixos níveis de atividade da enzima DPD e cerca de 0,5% não expressa atividade desta enzima.
Desde a descoberta da deficiência da diidropirimidina desidrogenase (DPD) como um defeito hereditário e suas consequências para pacientes tratados com fluoropirimidinas, o risco genético de toxicidade com essas medicações vem sendo estudado.
As pesquisas sobre a variação hereditária do DNA no gene DPD (DPYD) forneceu uma ampla gama de conhecimentos, desde a função in vitro de variantes genéticas até a avaliação de custos dos testes genéticos.
Pacientes com deficiência completa de DPD não deverão receber tratamento com fluouracil injetável ou infusional, capecitabina e tegafur (exceto formulação tópica). A perda completa da função enzimática torna o uso da medicação um fator de alto risco para toxicidade com risco de vida.
Pacientes com deficiência parcial da DPD devem receber doses reduzidas das medicações no início do tratamento. O aumento da dose poderá ocorrer caso não ocorra efeitos adversos significativos.